Dilma descarta Dirceu no governo
A candidata do PT fez a ressalva de que o veto a Dirceu não significa um pré-julgamento do ex-ministro
A candidata do PT à Presidência, Dilma Rousseff, praticamente descartou a possibilidade de o ex-ministro da Casa Civil, José Dirceu, ocupar algum cargo no governo caso ela seja eleita. “Não acho muito provável. Ele não está participando diretamente hoje da atividade de governo então não acho provável”, disse Dilma ao ser questionada sobre uma possível participação de Dirceu em um eventual novo governo petista.
Foto. AE
A candidata, no entanto, fez a ressalva de que o veto a Dirceu não significa um pré-julgamento do ex-ministro, acusado pelo Ministério Público Federal de ser o mentor do esquema do mensalão. Em um ato falho Dilma, ao defender um julgamento rápido para Dirceu, disse que ele deveria ser “condenado”.
“Eu não estou aqui fazendo a condenação do José Dirceu. Acho que no Brasil é importante que as pessoas que estejam na situação dele sejam condenadas rapidamente. É uma espécie de banimento social com o qual eu não concordo”, disse ela.
Dilma também tratou de minimizar a função de Dirceu em sua campanha. “Ele é um militante do PT, tem o direito de participar lá no PT”, disse ela.
Segundo Dilma, o nome de Dirceu não é uma exceção, pois até agora os partidos aliados não discutiram nome para um possível ministério. “Nenhum partido até agora colocou isso na mesa”.
Questionada sobre outra crítica de Serra, segundo a qual Dilma teria “sentado na cadeira”, a petista respondeu: “ele está passando para mim uma característica do PSDB”, e lembrou que foi o então candidato Fernando Henrique Cardoso que sentou na cadeira de prefeito e acabou perdendo para Jânio Quadros.
Metas e prioridades
Dilma aproveitou a entrevista coletiva concedida em um hotel em São Paulo para rebater, com números, críticas do candidato tucano, José Serra, para quem a petista não teria o direito de ir à favela de Heliópolis porque o governo federal não fez nada pela área. Segundo ela, foram destinados R$ 148,4 milhões desde 2007 para obras de urbanização em parceria com a Prefeitura e outros R$ 162 milhões para a favela de Paraisópolis, também na capital paulista.
A candidata disse que não fará, em “hipótese alguma” ajuste fiscal. Segundo ela as prioridades, caso seja eleita, serão a reforma tributária e, se possível, a reforma política.
Fonte: www.ig.com.br